Grupos – são uma coesão de indivíduos que são estruturados em torno de tarefas ou actividades com um certo prazo e caracterizam-se por ser restritos.
É uma coletividade identificável, estruturada e contínua de pessoas que desempenham papéis recíprocos em conformidade com normas, interesses e valores com vista a prossecução dos objetivos comuns
Redes – são mistura de laços soltos e fortes entre membros que criam conexões que colaboram e partilham informações e caracterizam-se por ser mais amplos e emergentes.
Uma composta por pessoas ou organização conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns.
Comunidades – são agregações, conjunto formado de acções de indivíduos que vêem a si mesmos principalmente como nem parte de um grupo nem conectados em uma rede. Também pode ser considerado como uma espécie de cyber-organismo, formado a partir de pessoas ligadas através de algoritmos utilizando o software de rede.
É uma comunidade que estabelece relações num espaço virtual através de meios de comunicação à distância.
Caracteristicas dos grupo, redes e comunidades
grupos
A sua estrutura as vezes é feita em torno de tarefas ou actividades com um certo prazo;
Podem instituir vários níveis de controle de acesso para restringir a participação e proporcionar um domínio menos público para o seu funcionamento, ou seja, aumenta a segurança dos membros e protege a sua propriedade intelectual;
Usam ferramentas diversas como forma de apoiar e melhorar a eficácia das suas actividades em grupo;
Encontram-se em tempo real usando áudio ou vídeo-conferência;
A entrada para o grupo é restrito e controlado por vezes por intranet corporativa ou por registo de instituições e todos conhecem o nome dos elementos do grupo;
Há participação activa dos elementos do grupo, formando assim uma identidade social dos indivíduos no grupo;
Os grupos não estão propensos a buscar uma nova identidade social ou avatar em ambientes imersivos, mas sim usam as ferramentas de comunicação para promover seus objectivos individuais e de grupo;
A confiança entre os membros dos grupos é que determina a sua eficácia. Conectam as pessoas de forma directa e indirecta, o que torna difícil saber se todos fazem parte da rede ampla;
São estratificados, seus membros ocupam posições relativas entre si, desempenham papéis e contatam-se entre si;
Tem normas de condutas influenciadoras de modo como os papéis são desempenhados;
É uma comunidade de interesses e de alguns valores entre os seus membros;
Estão orientados para um ou mais objetivos e tem permanência relativa, isto é, tem alguma duração.
redes
O aumento da intensidade da rede influencia na resposta a pressões internas e externas;
Nas redes surgem grupos de redes sociais através desoftwares como blogs, facebook, MySpace;
Os membros das redes compartilham um compromisso marginal como forma de aumentar a sua reputação pessoal;
As redes há mistura de laços soltos e fortes entre os membros;
Os membros usam as redes para buscar informação, pontos de vista, contactos e sugestões fora das conexões de grupos mais familiares;
As redes tem a capacidade de construir e sustentar novas conexões emergentes para o mundo exterior;
As rede permitem que o individuo identifique e colabore com as pessoas sobre determinados assuntos do seu interesse e cria novas conexões;
As redes tem muitas conexões que permite o livre acesso e saída e livre fluxo de conversa Surgem a partir de agregados de grupos e actividades em rede;
Há abertura, que possibilita relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes;
A conexão se dá através da identidade e os seus limites não são de separação, mas sim de identidade;
Há compartilhamento de informações, conhecimentos e esferas em busca de objetivos comuns;
As redes sociais são compostas por três elementos: nós ou atores; vínculos e fluxos de informação (unidirecional ou bidirecional);
Há laços fortes e fracos e a dos buracos estruturais onde se encontram os atores que não podem comunicar entre si a não ser por intermediários dos terceiros.
comunidades
Fornecem frequentemente colaboração para o livre-simples onde pode-se ligar de uma página da Web para outra, por exemplo: um link específico para um site mais pessoal;
A comunidade serve como um ponto de entrada visível que abre as portas as redes e grupos mais intensos;
É um saber direccionado as multidões;
Há aglutinação de um grupo de indivíduos com interesses comuns que trocam experiências e informação no ambiente virtual;
Há dispersão geográfica dos membros.
Análise do texto “Redes e Educação: A Surpreendente riqueza de um conceito” - Autor: António Dias de Figueredo (2002)
As tecnologias de informação na educação evoluíram, mas nós como utilizadores, apesar de termos novas tecnologias não avançamos nada, ou seja, continuamos a fazer as mesmas coisas que fazíamos antes do surgimento das novas tecnologias.
Na percepção de Figueiredo, o funcionamento das nossas escolas nasceu a partir do modelo de Frederik Taylor que criou um modelo mecanicista onde as fábricas transformaram-se em máquinas e os trabalhadores em peças dessas máquinas. As escolas eram criadas para responder a necessidades de formação seguindo o modelo mecanicista, produção massiva de recursos humanos para alimentar a Sociedade Industrial. Onde a aprendizagem era feita com base em conteúdos fora do contexto, proliferação de disciplinas artificialmente separadas, havia uma memorização e reprodução de textos inerentes, a aquisição de saberes sem aplicação visível.
Atualmente a metáfora que existe é a metáfora de rede, pois está é mais aberta a comunicação. A metáfora da máquina valorizava o individualismo, ausência de contextos, a rotina, a mecanização e a passividade. Já a metáfora da rede valoriza a comunidade, a interação, os contextos, os processos orgânicos, a geometria variável, a complexidade, o fluxo e a mudança.
A metáfora da rede tornou o indivíduo mais interativo, valorizou a colaboração e partilha em rede e abriu espaço para mudanças na aprendizagem onde a construção do seu conhecimento é feita de forma coletiva a partir de troca de saberes entre membros de uma comunidade em rede.
Numa aprendizagem em rede, é importante que se valorize os conteúdos e contextos. Devem-se criar bons contextos para dar mais vivência aos conteúdos e tornar possível a construção dos saberes pelos próprios aprendentes. Pode-se ter bons conteúdos e a sua distribuição ser boa e facilitada, mas se não temos bons contextos e ambientes ativos os aprendentes não poderão construir os seus saberes por si próprios.
Segundo Figueredo(2002), “o grande desafio da escola do futuro é de criar comunidades ricas de contextos onde a aprendizagem individual e coletiva se constrói e onde os aprendentes assumem a responsabilidade, não só da construção do seu próprio saber, mas também da construção de espaços de pertença onde a aprendizagem coletiva tem lugar”.
O que se pode perceber aqui, é que cabe as escolas criarem contextos que levem ao aluno a sentir-se responsabilizado pela construção do seu próprio saber. Para tal é necessário que crie estratégias tais como: aprendizagem pela ação, aprendizagem reflexiva, aprendizagem situada, aprendizagem acidental e aprendizagem baseada em projectos.
Bibliografia consultada
http://terrya.edublogs.org/2009/04/28/social-networking-chapter/
http://www.google.pt/books?id=spo9X16qn30C&lpg=PA15&ots=rtSJBZnXFx&dq=Dron%20%26%20Anderson%20Networks%20and%20Groups%20in%20Social%20Software%20for%20E-Learning&lr&hl=pt-PT&pg=PA15#v=onepage&q&f=false
Figueiredo, A. D. (2002). Redes e educação: a surpreendente riqueza de um conceito, in Conselho Nacional de Educação (2002), Redes de Aprendizagem, Redes de Conhecimento, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação, Lisboa.
Olá Paula,
ResponderEliminarObrigada pela contribuição do texto Redes e educação. Esse é um assunto que quero me aprofundar e este texto vai ser muito útil para mim.
Abraços,
Renata